Tiago Garcia Mercurio – Cientista e Coordenador na área de Pesquisa & Desenvolvimento de Formulações Alternativas para doenças crônicas e estéticas com ênfase em Sistema Tegumentar “Pele” e Obesidade, pela Faculdade e Centro de Referência de Iguatama-Mg.
A quantidade de estresse associada às doenças infecciosas tem surgido em vários momentos da história, principalmente nos últimos anos, pois a globalização facilitou a disseminação de agentes patológicos, resultando em pandemias em todo o mundo. Isso aumentou a complexidade da contenção de infecções, que tiveram um importante impacto político, econômico e psicossocial, levando a desafios urgentes de saúde pública. As doenças como HIV, Ebola, Zika e H1N1, entre outras doenças, são exemplos recentes. O (COVID-19), identificado na China no final de 2019, tem um alto potencial de contágio e sua incidência aumentou exponencialmente. Sua transmissão generalizada foi reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma pandemia.
Esse cenário levanta várias questões: existe uma pandemia de medo / estresse concomitante à pandemia de COVID-19? Como podemos avaliar esse estresse? Para entender as repercussões psicológicas e psiquiátricas de uma pandemia, as emoções envolvidas, como medo e raiva, devem ser consideradas e observadas. O medo é um mecanismo de defesa animal adaptável que é fundamental para a sobrevivência e envolve vários processos biológicos de preparação para uma resposta ameaçadora.
No entanto, o medo aumenta os níveis de ansiedade e estresse em indivíduos saudáveis, e intensifica os sintomas daqueles com transtornos psiquiátricos pré-existentes.
Durante as epidemias, o número de pessoas cuja saúde mental é afetada tende a ser maior que o número de pessoas comprometida pela infecção. Tragédias anteriores mostraram que as implicações para a saúde mental podem durar mais tempo e ter maior prevalência que a própria epidemia, e que os impactos psicossociais e econômicos podem ser incalculáveis.
Recomendações individuais para o melhor cuidado emocional:
•Cuidar de si e dos outros, mantendo contato com amigos e familiares, e encontrar tempo para atividades de lazer.
•Seguir as recomendações da OMS e das agências de saúde do governo.
•Prestar atenção às suas próprias necessidades, sentimentos e pensamentos.
•Limitar a exposição às notícias relacionadas a pandemia, pois muita informação pode desencadear distúrbios de ansiedade;
•Comunicar a alguém quando sentir sintomas de tristeza ou ansiedade.
•Auxiliar, tanto quanto possível, pessoas em grupos de risco.
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